VIDA E ADAPTAÇÃO DO RAFAIRMÃO

Vamos lá.
Estou com vontade de escrever hoje e não me vem nenhum assunto na cabeça, mas tem certa energia no ar que envolve meus amigos, tenho pensado muito neles, nos velhos e nos novos que aqui estou fazendo.
Vamos começar falando um pouco de São José, cidade o qual vim parar com um sonho que hoje não tem mais sentido nenhum, pois o caminho tomou rumo diferente e a direção se tornou oposta a aquilo que vim. No primeiro mês tirei de letra, afinal tudo era novidade, mas a partir daí começou pintar um vazio uma solidão sem fim, me deparei num lugar totalmente diferente de tudo que eu tinha conhecido e detalhe, sozinho, pois vi que não tinha amigo aqui a não ser meu patrão que me apoiou muito no começo e o Rico. Então precisava uma transformação radical ou afundaria em tristeza e solidão.
Parti do principio que nada é por acaso, Bah! Que dureza.
Comecei a me comunicar com as pessoas daqui, o primeiro contato foi fácil, pois era um rapaz que trabalhava comigo e é daqui, comecei a sair com a turma dele, todas as vezes que estava pra baixo, ligava para ele e pedia um help, na hora mandava me buscar onde estava e já ia eu para o fervo. Foi o primeiro Brother que fiz aqui o apelido que dei pra ele é J. grande amigão.
No decorrer dos dias eu estava mais a vontade e já havia me tornado freqüentador assíduo da padaria Firenze (Fifi), que fica aqui do lado do Lolo, onde tomo meu café todos os dias e converso muito com os donos e os filhos deles que são pessoas maravilhosas e também meus amigos.
O Chico da Lagoa, cara dez, que me deu crédito na primeira compra que fiz em sua loja, levei e não paguei no dia.
Ai veio o bar CHOOP do Gus, lugar maravilhoso, onde me tornei cliente VIP e tenho até carterinha, lá sou tratado igual rei, a equipe do local é uma moçada manera e os donos bacanas demais, inclusive cantei esse domingo lá, a banda Fred Lee me convidou, o pessoal da banda já são meus amigos também, tudo boa gente.
Em seguida veio a Val e a Tia Cris, que mandaram muito bem na recepção, Santos o amigo de Curitiba que parou aqui e tem altas idéias e conselhos, o Dé DJ e a So, muito gente fina também, o Pai e a Mãe que me acolheram super bem e me levaram para conhecer lugares lindos e me deram até um nome cigano, pois eles vivem parte dessa cultura maravilhosa, inclusive dançando. A Lili e a Mari, espetáculo de pessoas, meus clientes do Lomitos, que são todos excepcional, os funcionários do Lomito a dona Leni e o gracinha do W, e por fim o pessoal do Budismo que transmitem muita paz e alegria. Não posso deixar de falar do paulista, cara demais, amigo pra todas as horas, companheiro de rock and roll e meu soldado frilla aqui do Lomito, trabalha bem demais.
Enfim agora me sinto daqui dessa cidadezinha com jeito de interior, mas com preços de capital, risos, me virando e lutando.
Mudei muito meu modo de pensar e principalmente de agir, isso esta sendo bom pra mim, porque hoje eu reflito bastante sobre a vida e as interpéries que com ela passamos e cada vez mais eu tenho a certeza que depende somente de mim.